cocô do bebê

Cocô do bebê: deve-se ficar atento

Quando o assunto é o cocô do bebê, não existe uma regra geral que possa apontar o que está certo ou não. Mas existem algumas características que devem ser observadas e servir de alerta em caso de alteração. Nos próximos parágrafos, vamos entender melhor alguns dos principais aspectos sobre o cocô do bebê e quais são os sinais de alerta a que devemos ter atenção. Continue a leitura e saiba mais!

O cocô do bebê após o nascimento

Nos primeiros dias de vida, as fezes têm sempre o mesmo aspecto e recebem até um nome especial: mecônio. Tem consistência pegajosa, similar a uma graxa e cor verde bem escuro, quase preta. A primeira eliminação de mecônio deve ocorrer nas primeiras 48 horas de vida. E daí para frente, quanto mais mecônio fizer, melhor. O mecônio é produzido ao longo da gestação e é eliminado geralmente ao longo dos primeiros dias de vida. À medida que o bebê recém-nascido começa a amamentar, é iniciada a produção fecal pós natal. Com isso, progressivamente todo o mecônio será eliminado, o que ocorre na maioria das vezes até o quinto dia de vida. O mecônio acabará mais rápido naqueles bebês em que a ingestão de leite está adequada. As novas fezes produzidas, juntamente com o funcionamento intestinal normal, fazem com que a eliminação seja um processo rápido e natural.

O cocô do bebê após a eliminação do mecônio

Assim que todo o mecônio for eliminado, aparecerão as fezes características de leite materno ou da ingestão de fórmula láctea. São fezes bem amolecidas, muitas vezes aguadas, com pequenos pontos sólidos que lembram canjiquinha. A cor pode variar do amarelo ao verde. A frequência, no caso de bebês em aleitamento materno exclusivo, pode oscilar entre cerca de 8 vezes ao dia, até intervalos de até 10 dias entre as evacuações. No caso de bebês que ingerem fórmula, esse intervalo, no geral, não deve ultrapassar 48-72 horas.

O cocô do bebê após a introdução alimentar

Após a introdução alimentar, as fezes mudam novamente de característica. Geralmente há uma redução da frequência e um aumento da consistência fecal. O cheiro costuma ficar mais intenso e pode haver pequenos pedacinhos de comida não digerida. A cor também costuma mudar, podendo variar entre amarelo, verde e marrom. Quanto maior o tempo de trânsito intestinal (ou seja, quanto maior o intervalo entre uma evacuação e outra), mais escuras serão as fezes.

Sinais de alerta no cocô do bebê

Agora que já sabemos o que pode ser considerado normal, quando o assunto é o cocô do bebê, é hora de conhecermos alguns pontos que exigem atenção. Já conversamos sobre isso no post de icterícia, mas não custa lembrar, fezes brancas nunca são normais. Vou colocar novamente a escalinha de cor de fezes. Geralmente essas fezes branquinhas costumam aparecer em casos de icterícia, que é aquele amarelinho que aparece na pele e branco dos olhos. NUNCA é normal, independente da idade. Segue o link para relembrar o post sobre icterícia neonatal. https://webapp275736.ip-45-79-11-215.cloudezapp.io/ictericia-neonatal/ Sangue nas fezes: pode ser algo simples como secundário a uma fissura anal, mas pode significar uma série de doenças, entre elas a tão comum alergia à proteína do leite de vaca. Mudanças na textura e/ou frequência: redução na textura e aumento de freqüência costumam ser indicativos de diarréia e devem ser valorizados. Como as fezes do bebê antes da introdução alimentar é muito molinha, são os parâmetros mais fidedignos para diagnóstico de diarreia. Presença de muco: muco tem o aspecto de catarro e pode significar doença intestinal. Aumento de consistência das fezes: fezes endurecidas, com aspecto de bolinha, são indicativos de constipação intestinal e devem ser sempre valorizadas. Distensão abdominal: barriguinha distendida, sobretudo quando associada a parada de eliminação de gazes e de fezes deve sempre ser uma alerta. Pode significar obstrução do intestino. Qualquer dos sinais de alerta citados acima deve ser comunicado ao pediatra que acompanha a criança, para definição adequada de conduta. Fotografe as fezes alteradas. Isso vai ajudar caso o bebê não evacue durante a avaliação. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra em Nova Lima!

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